De tudo ao meu amor serei atento
 Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
 Que mesmo em face do maior encanto
 Dele se encante mais meu pensamento.
 Quero vivê-lo em cada vão momento 
 E em seu louvor hei de espalhar meu canto
 E rir meu riso e derramar meu pranto
 Ao seu pesar ou seu contentamento
 E assim, quando mais tarde me procure 
 Quem sabe a morte, angústia de quem vive
 Quem sabe a solidão, fim de quem ama
 Eu possa me dizer do amor (que tive): 
 Que não seja imortal, posto que é chama
 Mas que seja infinito enquanto dure.
(Vinícius de Moraes)
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
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"Lindo soneto...♥"
ResponderExcluirMuito boa rima.
ResponderExcluirApareça lá.
Retribuo sempre.